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Tem sempre aquele que diz que ai, o borderline é insuportável e louco e vai te fazer muito infeliz. Daí o outro vem e fala que não, o borderline é um amor super sensível e compreensivo. Qual a verdade?
Primeiro que cada caso é um caso. Mas em geral, o relacionamento com um border é, sim, bem difícil. São pessoas cujo humor oscila muito, muitas vezes não conseguem lidar com frustrações, extremamente sensíveis e irritadiças, e por aí vai.
O apoio da família e dos parceiros é fundamental porque a personalidade border respinga em todo mundo que está próximo. Há de haver um equilíbrio entre o que é aceito ou não dentro desses relacionamentos e muito diálogo para resolver os problemas mais gritantes.
CUIDADO: não é porque você se relaciona com um border que tem que engolir tudo, ok? Isso é abuso. Um diagnóstico não justifica atitudes abusivas para com o outro. Pode até explicar essas atitudes, e a partir daí trabalha-se para eliminar comportamentos nocivos.
E se o border é você, pega leve com quem te ama. Tente conhecer seus gatilhos e controlá-los de forma a não machucar sua rede de apoio. Não se isole achando que é tão ruim que precisa morrer sozinho. Isso não é verdade. Todo mundo, com muito trabalho, é capaz de mudanças comportamentais imensas e dá pra conviver numa boa.
O TPB é caracterizado por instabilidade emocional, medo de abandono, impulsividade e dificuldades nos relacionamentos. Entender essas características pode ajudar a desenvolver empatia e paciência.
Embora seja importante ser compreensivo, estabelecer limites saudáveis é crucial. Não permita comportamentos abusivos ou manipuladores, mesmo que sejam explicados pelo transtorno.
Seja claro e direto em sua comunicação
Evite linguagem ambígua que possa ser mal interpretada
Valide os sentimentos da pessoa, mesmo que não concorde com eles
Use um tom calmo e não confrontacional
Apoie a pessoa em sua jornada de tratamento, mas lembre-se de que você não é responsável por "curá-la" ou "salvá-la". Encoraje a busca por ajuda profissional.
Manter sua própria saúde mental é fundamental. Busque apoio para si mesmo, seja através de terapia, grupos de apoio ou amigos confiáveis.
Pessoas com TPB podem ser extremamente leais, empáticas e criativas. Valorize essas qualidades positivas em seu relacionamento.
Mudanças comportamentais levam tempo. Seja paciente com o processo de tratamento e recuperação.
Mantenha-se informado sobre o TPB e as melhores práticas para lidar com ele. O conhecimento pode ajudar a navegar melhor os desafios.
Tanto a pessoa com TPB quanto seus entes queridos devem evitar idealizar o relacionamento. Mantenha expectativas realistas.
Encoraje a pessoa com TPB a desenvolver sua própria identidade e interesses independentes do relacionamento.
Lembre-se, um diagnóstico de TPB não define completamente uma pessoa. Cada indivíduo é complexo e multifacetado. Com compreensão, paciência e limites saudáveis, é possível construir relacionamentos significativos e positivos com pessoas que têm TPB.
Querer salvar o outro é receita para se machucar 🤕. É muito comum para o border se relacionar com pessoas complicadas e assumir para si a responsabilidade de resolver tudo. Ainda mais se colocamos o outro num pedestal, daí parece válido aceitar qualquer coisa para manter a pessoa na nossa vida.
Óbvio que na maioria das vezes tentamos isso com a maior boa intenção. Especialmente dentro de relacionamentos amorosos, assumimos para nós toda e qualquer carga do(a) companheiro(a). Mas um relacionamento saudável não é assim. E infelizmente não podemos forçar ninguém a mudar. O trabalho de mudar, melhorar, se cuidar e buscar ajuda cabe a cada um, não tem como fazer isso por ninguém.
Não adianta obrigar o outro a fazer terapia. Não adianta jogar bebida fora. Não adianta gritar, espernear, esconder objetos cortantes, chorar, pedir, se vitimizar. O outro muda se ele quiser. E ter alguém do lado aceitando tudo não facilita nada (às vezes, dificulta).
❗Isso vale para pessoas abusivas, para familiares, para pessoas com algum transtorno psicológico, pessoas com vício, para o border que namora outro border, para quem namora com um border, vale qualquer combinação, ok?
E, em especial para o border: EU SEI COMO É DIFÍCIL. Sei que provavelmente você idealiza seu relacionamento, coloca o outro no pedestal, engole os sapo tudo, mas pensa em você também, tá? É muito comum o border cair num relacionamento tóxico por conta do medo de ser rejeitado e da baixa auto estima. Trabalha isso em terapia, é difícil mas é possível, todo comportamento pode ser mudado e você não precisa de ninguém para ser feliz. 💕